sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Ilhargas do infinito

No fim da rua sem saída
Uma mesa e quatro cadeiras esperam por mim
Um rio amarrotado nas ilhargas do infinito me alcança
Como se eu fosse um pássaro doente
Ou uma criança
Como se eu fosse a sombra do jardim
Quando me olha e mente
E ao espelho da noite vejo a minha vida

Sem vida
No fim da rua sem saída
Três vultos invisíveis deitados na calçada
Antes de adormecerem
Fingindo viver
Viver sem madrugada

Fingindo sentados nas três cadeiras
À roda de uma mesa ensonada
Sem vida no fim da rua
Sem saída
Sem nada

Sem comentários:

Enviar um comentário