terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Flores parvas

Todas as flores são parvas
E parvas são as minhas palavras
Quando comidas por abelhas gananciosas
Depois do almoço

Das flores parvas
Nascem as minhas palavras parvas
Que um parvalhão
Semeia na ardósia junto à ribeira

E eu
E eu sou tão parvo como as flores parvas
Porque semeio as minhas palavras
Porque sou eu o parvalhão
Sentado numa pedra
A olhar as flores parvas e as abelhas gananciosas

A comerem as minhas palavras
Que substituíram por pão
Depois do almoço

Malditas flores parvas
Que comem as minhas palavras
Parvas
Que eu semeei na ardósia junto à ribeira

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