Há um barco estacionado no infinito
Pacientemente à minha espera
Há um barco com asas
E sorriso nos lábios para me levar
Há um barco zarolho
E com os braços a sangrar
Desejos nas paredes de vidro
Impaciente para me levar
Há um barco estacionado no infinito
Com âncoras de madeira
E pedras preciosas nos dentes
Um barco pacientemente à minha espera
Há um barco mendigo
Sentado à porta da igreja
Um barco para me levar
Até aos confins do invisível
Há um barco com asas
E sorriso nos lábios para me levar
Um barco fantasma
Doido nos corredores da enfermaria
Que passeia e passeia e passeia
Num cubículo de miséria
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