quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pergaminhos do desejo

Uma cidade extingue-se no orgasmo da fome
Nas ruas as árvores gemem
E um rio cansado de viver
E de correr para o mar
Esconde-se entre os pergaminhos do desejo
Deixo de existir

Evaporo-me no orgasmo da fome
Tal como a cidade
E o rio
E o desejo
Há silêncios sobre a mesa ao jantar
Quando o mar engole o rio

Deixo de existir
Deixo de caminhar
Deixo de viver

Uma cidade extingue-se no orgasmo da fome
Nas ruas as árvores gemem
E um rio cansado de viver
E de correr para o mar
Deixo de existir
Deixo de caminhar
Deixo de viver

E a cidade arde quando acorda a noite.

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