terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cadáver suspenso no infinito

Os eletrões dos teus olhos
A trezentos mil quilómetros por segundo
E no buraco negro da minha boca
A matéria agarrada às paredes da garganta

Os eletrões entram no meu buraco negro
E desaparecem como pássaros ao amanhecer
Morrem as estrelas
E da luz acorda o esqueleto da gravidade

E quando olho a estrela que morre
A estrela já morta há milhões de anos…
E se eu já tivesse morrido
E a imagem da minha morte perdida no infinito?

Sem comentários:

Enviar um comentário