Não
o sei.
Foram
pedras da calçada que arranquei.
Foram
lágrimas que chorei.
Não
o sei.
Esta
terra que semeei,
E
depois me cansei,
E
depois me sentei,
Não.
Não o sei.
Não
o sei.
Porque
morrem, aos poucos, as palavras que plantei,
Na
folha de papel que rasguei.
Não.
Não
o sei.
Não
o sei.
Porque
brotam lágrimas esta lareira que amei.
Esta
fogueira que incendiei,
Na
madrugada que pintei.
Não.
Não
o sei.
Não
o sei.
Porque
sinto os combóis que nunca sonhei.
Não
o sei,
Porque
brincam meninos na seara que pisei…
Mas
uma coisa eu sei.
Que
o Sol que bilha, não fui eu que o pintei.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
03/12/2019
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