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sábado, 14 de abril de 2012

O marinheiro ausente

Pedacinhos de mim
acordam na alvorada

(oiço a voz invisível da tempestade)

as minhas pétalas suspensas no tecto da solidão
quando todos os barcos dormem docente
nos lábios do marinheiro embriagado
no final da tarde
levantam-se as velas de cetim
e todas as luzes do abrigo se encerram como as portas da muralha

o marinheiro ausente
deita-se nas minhas mãos
como uma criança cansada
antes de adormecer

e desce a noite
e eu
e ele
enlouquecemos abraçados à maré


(escrito no Ubuntu)