Que
te direi,
Se
nada tenho para te dizer.
Que
farei com estes livros,
Sós,
Abandonados…
Sonhei,
Uma
noite,
Que
os queimei.
E
juntamente com eles, todos os meus fantasmas na fogueira.
Não.
Não
chorei.
Nesta
casa é expressamente proibido chorar.
Nesta
casa é expressamente proibido falar em mar.
Porque
esta casa é uma sombra esquecida na calçada.
Pedaços
de alvenaria engripados,
Sempre
em ternos espirros.
Que
te direi,
Hoje,
Amanhã!
Porque
amanhã,
Serei,
Um
pedaço de xisto descendo socalcos até ao rio.
Amanhã
serei barco, caravela… jangada.
Perdida,
Achada,
Na
enxada da vida.
Francisco
Luís Fontinha
18/10/2019