Fujam.
Escondam-se
na minha mão,
Traguem
todos os livros,
Semeiem
todas as palavras no meu corpo, rasguem-no, devastem todos os rochedos do medo,
E
da solidão.
Oiçam-me,
Não
finjam que a luz da minha aldeia é fictícia, longínqua… como as pedras do teu
olhar,
Na
madrugada.
Façam
de mim uma bola.
O
rio quando me chama,
Francisco.
E
lá vou eu,
Desço
a ravina,
Entrego-me
a ele…
E
morro de tédio.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
14 de Abril de 2018