sábado, 9 de junho de 2012
e dor dentro de quatro paredes
todas as cidades têm coração
todos os homens têm cidades
ruas
pastelarias
dentro do peito
todas as cidades
com árvores
e dor dentro de quatro paredes
no peito
todos os homens
e todas as cidades
todos os livros
e todas as madrugadas
têm coração
dentro de quatro paredes
e candeeiros de sombra
e dor
e lábios de nada
em cada cidade
em cada homem
em cada livro
há um fantasma
de saudade.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
um dia perfeitamente parvo
quinta-feira, 7 de junho de 2012
deserta a noite e o amor
quarta-feira, 6 de junho de 2012
deixei de folhear-te como ontem o fazia
deixaste de acordar nas minhas mãos
e nunca mais peguei em ti
deixei de folhear-te como ontem o fazia
e hoje odeio-te
como na semana passada
deixaste de acordar
nas minhas mãos iletradas
e dos dias que morrem no calendário de parede
o esquecimento ganha forma e cresce de ti
aos poucos
odeio-te
aos poucos
deixei de folhear-te
hoje
hoje olho-te indiferente
sem o prazer de tocar-te
ou ler-te
ou simplesmente olhar-te
não quero saber de ti
e de todos os livros da minha biblioteca
que vivem desassossegados ao teu lado
odeio todos os livros
e todas as palavras
e todos os vidros da janela da noite.
terça-feira, 5 de junho de 2012
segunda-feira, 4 de junho de 2012
na minha mão quando partir para longe
Quero que sejas o rio
invisível onde me sento todas as noites
a olhar os barcos ensonados
a fumarem o último cigarro da maré
quero que sejas o perfume da rosa
que toco docemente ao acordar
onde escrevo o primeiro poema da manhã
quero
os barcos ensonados
na minha mão quando partir para longe
e levar comigo as sombras do teu cabelo
para me orientarem nos azimutes da ressurreição
quero que sejas o rio
invisível
a olhar os barcos ensonados
à espera do último cigarro da maré
domingo, 3 de junho de 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)