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sábado, 4 de maio de 2019

Amigos


De todas as paisagens que visitei com prazer,

São os teus olhos a arder,

No meu rosto de sofrer.

 

São flores,

De todas as cores,

No meu jardim imaginário,

São flores,

São rumores…

Na cabeça do lampadário.

 

De todas as paisagens que visitei com prazer,

São palavras minhas no teu corpo de escrever,

São rosas a sorrir, são rosas a sofrer.

 

São gladíolos de papel,

Barcaça, batel…

De todas as paisagens que visitei,

São telas em pastel,

São o grito que pintei.

 

De todas as paisagens que visitei com prazer,

São livros para ler,

São amigos para conviver…

 

 

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

04/05/2019

domingo, 17 de junho de 2018

Arte


A arte do ser,

Quando acorda na noite o prazer,

De ler,

E chovem estrelas de adormecer…

No teu corpo de sofrer.

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 17 de Junho de 2018

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O amor é um cubo de vidro sem coração ama a luz odeia a escuridão


O amor é um cubo de vidro sem coração

Ama a luz

Odeia a escuridão

O amor é um covarde diplomado

Faz sofrer

O amado

Faz sofrer quem é amado

Felizes aqueles que não amam

Felizes aqueles que não são amados

Pelo amor

As pálpebras secretas da noite

Quando a fogueira do desejo invade a madrugada

Quando a morte traz a saudade

De um corpo

Entre ossos e sombras

Entre palavras e livros

Faz sofrer o amado

Faz sofrer o sofrido

O amado

Faz sofrer quem é amado

Ama a luz

E os candeeiros da solidão

O amor é um cubo

Hipercubo

Um gato

Sem nome

Um rochedo perdido na montanha do Adeus

Partiu de mim o amor

Ama a luz

E faz sofrer

O amado

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

segunda-feira, 30 de Novembro de 2015

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Deixar de acreditar

foto de: A&M ART and Photos

Desejar o sol é muito
porque nada desejei
escrever é estar vivo... amar quem nunca amei
e nunca quis acreditar nas esplanadas em vidro
desejar a lua é tão pouco pouco
para quem quer ser as frestas de solidão que embrulham o teu desnudo corpo
as flores
os cansaços emagrecidos do plasma adormecido,

Desejar é pouco ou quase nada
desejar o silêncio que embainham os teus lábios... desejei-o e cansei-me de esperar
que abrissem as janelas do doce colarinho de espuma que o mar deixa sobre os lençóis de seda...
desejar é tudo
desejar... desejar que arrefeça a tua mão
que cresça o tua paixão com asas em papel... desejar o sol
e ter a lua
desejar a lua
e ter apenas a sombra da montanha... sem o sol vomitando asneiras em palavras envenenadas
desejar-te como o és... uma rosa nua
de veludo
uma rosa apaixonada dos jardins suspensos que habitam a madrugada,

Sem fronteiras de cetim
deitada a meus pés...
desejar o sol é muito
porque nada desejei
escrever é estar vivo... amar quem nunca amei
e nunca quis acreditar nas esplanadas em vidro
desejar a lua
é pouco... tão pouco... tão pouco... que deixei de acreditar que estou vivo...


(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 9 de Janeiro de 2014