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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Insónia da meia-noite


Habito neste poço

Mergulhado na escuridão,

Sinto o abraço do fantasma de cartão

Que foge da algibeira do moço…

Sem saber o significado do amor,

Ou da razão

De amar,

De ser amado,

O deslumbrante cidadão…

Aconchegado

Ao sorriso de algodão

Que alimenta a dor

E o cansaço da mão…

Esfuma-se no silêncio do mar.

 

Francisco Luís Fontinha

sexta-feira, 24 de Junho de 2016