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sábado, 29 de julho de 2017

Terra sangrenta


Terra sangrenta onde habito,

E vivem comigo as gaivotas do amanhecer,

Terra salgada, repito…

Das palavras de escrever,

Sentindo, os semáforos do silêncio madrugar…

Saltitando de mar em mar,

E chorar,

Terra maldita, e recheada de pragas e gafanhotos,

Meninos marotos,

Que brincam na aldeia,

Leio livros, escrevo nos livros que leio… e à ceia

Levanto os cortinados que me aprisionam ao teu ser,

Terra sangrenta,

Que me alimenta,

E me mata ao nascer do Sol…

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 29 de Julho de 2017