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terça-feira, 8 de abril de 2014

Flores triangulares


Percebo que as equações do meu corpo não têm resolução,
sou um aglomerado de números complexos, integrais duplas e triplas, habitam nos meus braços,
percebo que tenho um sorriso em granito, e sei que nas quadrículas do meu peito...
suspendem-se as infinitas cordas paralelas do nylon madrugada,
um imbecil programado, um corpo onde se misturam os algoritmos de Fortran e as raízes quadradas do obscuro olhar, sem sentido, único, proibido estacionar o meu corpo em cima do passeio da solidão,
cruzo os braços,
e pergunto-me...
o que faz o poema sem nome dentro do silêncio amanhecer?
sem prazer,
a vida é um fluído em escoamento permanente...
em direcção ao mar,
em construção... como corpos geométricos procurando amor nas flores triangulares...


Francisco Luís Fontinha – Alijó
Terça-feira, 8 de Março de 2014