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terça-feira, 7 de abril de 2015

Peneireiro


Desisto

Não o sei

Talvez não

O

Faça

O corpo sente o peso da lua

A alma é sentida pelas palavras do poeta

Aspas

Ó verso

Demorado

E cansado

Perdido na floresta dos teus seios

 

Saber que Deus vive dentro de ti

E eu um Ateu

Amo-te?

Narciso de capim…

Mangueira assombrada

Palmeira papiro dos alicerçados abraços

No chão

As lágrimas

Tuas

Eis a literatura

Nas coxas da poesia

Desculpem o atraso

 

Mas… o amor é assim…

Peneireiro

Sisudo

Rabugento

Às vezes

Na noite

Sem ti

Despedindo-se das coisas belas do silêncio

A maré some-se

Gritas pelo Gavião

Choras

E alimentas-te de ti…

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Terça-feira, 7 de Abril de 2015