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quinta-feira, 21 de março de 2024

AL Berto

 

Como hoje é o dia mundial da poesia, fica aqui uma boa sugestão; Vigílias de AL Berto.

Boas poesias.

 

(Francisco)


Amar-te

(este poema é para ti; feliz dia, minha querida)

 

Amar-te tanto no meu pouco de te amar

Desejar-te simplesmente te abraçar

Simplesmente te tocar

E afagar o teu cabelo.

 

Amar-te tanto no meu silenciar

Que te ofereço este poema de mar

Enquanto nos teus olhos morre uma lágrima de luar

Amar-te meu amor amar-te…

 

Meu amor eu desejar

Amar-te tanto no meu pouco de te amar

No meu muito de chorar…

Amar-te meu amor eu te amar.

 

(Francisco)

Dia Mundial da Poesia

 Amo-te, meu poema…!


E um dia

não existirá mar…

Não quero saber,

porque tenho o teu olhar. 


(Francisco)

quinta-feira, 21 de março de 2019

O visitante desamado


Não tenho tempo para amar.

Amar o não amado, quando o desamado, triste, parte junto com a morte,

Pertinho do mar,

Uma flor em transe, vai habitar o meu jardim,

Coitado do poeta, desamado, sem sorte…

Ouvindo os berros do clarim.

 

E das palavras, construo farrapos,

Farrapos que que agasalham,

Gritam,

Morte ao amor.

 

Ponto.

 

Travessão.

 

O visitante da minha sepultura, de vela no coração, e flores no sorriso,

Escrevo um conto,

Estendo a mão…

E aparece nos meus lábios o juízo.

 

Porque me bates à porta?

 

A casa vazia, sem janelas para a ribeira,

O silêncio pendular da paixão,

Descendo,

Subindo,

Malditas escadas sem corrimão,

Sem beira nem eira,

O desamado, mentindo,

Que ama a flor, aos poucos tombando.

 

No chão argamassado.

 

Amar?

Não. Obrigado.

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 21 de Março de 2019

quarta-feira, 21 de março de 2018

Fotografia


(21 de Março, dia Mundial da Poesia)

 

 

 

Tão singela a porcelana do teu rosto,

Boneca de trapos, entre livros e plátanos,

Entre farrapos e palavras adormecidas,

Que só o vento sabe esquecer.

Tão magras as tuas mãos sapientes,

Quando tocam a minha face de xisto,

Grito, grito…

Existo!

Tão melódica a tua voz de cantadeira,

Quando o mar sobe a calçada,

E traz no ventre a despedida,

Triste, amargurada.

Dentro do parêntesis da madrugada,

A simplicidade do teu sorriso,

Tão simples o teu desejo,

Quando o beijo, enraivecido, se abraça à noite,

Tão simples o teu cansaço,

Nesta terra de ninguém,

Alguém,

Quase nada,

Perdido no espaço.

Tão singela a porcelana do teu rosto,

Quando a alegria parte, morre…

E poisas eternamente numa fotografia.

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 21 de Março de 2018

segunda-feira, 21 de março de 2016

O fulgor da noite


Sentia a tua mão no fulgor da noite,

Cansei-me do teu silêncio

Quando acorda a manhã,

E lá fora a viagem espera-me

Sem destino nem lugar para aportar,

Sentia a tua mão

No meu indesejado destino,

Sem palavras,

Sem rios para navegar…

Um sonâmbulo indiscreto

Sobrevoando as gaivotas

E palmilhando um corpo vazio…

Tenho pena dos teus ossos transformados em poeira,

Pedaços de nada

Alicerçados ao cais da despedida,

Cansei-me das tuas mãos,

Cansei-me de mim e do teu sorriso,

Cansei-me dos teus olhos

Que ofuscam o luar,

O sonho da solidão

Nas raízes da paixão…

Estar só

E sentir a tua mão no fulgor da noite.

 

Francisco Luís Fontinha

segunda-feira, 21 de Março de 2016

sexta-feira, 21 de março de 2014

“Gaivota madrugada” na rádio – Antena 1 – Programa de José Candeias


O meu poema, escrito e publicado ontem, “Gaivota madrugada” foi lido hoje na Antena 1 no programa de José Candeias (aprox. minuto 8).

Link:


Quero agradecer ao João Moreira de Sá dos Blogues Sapo, à Antena 1 e ao José Candeias. Obrigado.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Paixões de granito

A&M ART and Photos


Misturavas-te nos gomos de laranja das noites ensonadas em veneno Primaveril
dos laços de cristal adornavam-te o fino pescoço de arame invisível
havia sombras em ti
que só a minha boca saboreava
como a acorrentada imagem da madrugada antes de acordar,

Havia uma língua de prata
na boca teu sargaço que o mar engole
migalhas de mel e rebuçados de palavras
emergiam da tua leve mão solúvel na areia deserta da insónia
que os olhos negros procuravam nas gaivotas do engano,

Dizias-te flor eternamente perdida nas minhas loucas palavras
e mesmo assim
perdi-te sem perceber que nunca exististe
e que da chuva quando caías
desfazias-te em narcisos assustados,

Murmuravas nunca mais o meu nome
das minhas cansadas árvores sem palavras
e nada
nada que o mar não me dissesse
ou avisasse,

Nada parecendo felicidade
das janelas do pequeno abismo
são de ti as argolas dos pequenos gomos de laranja
que uma árvore me ofereceu
e eu e eu comia-as como se comem as grandes tardes sem literatura,

Quando uma lareira de vidro
vomita as chamas insensíveis das paixões de granito
que tu me ofereces invisivelmente
nas noites construídas de solidão
e miudezas no desprezo quando me cruzo no teu caminho enlatado,

O azedume adormecido do fruto proibido
e como eu precisava de roubar-te um sorriso
um olhar
uma sombra apenas de ti
sobre as pedras da calçada.

(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha