Mostrar mensagens com a etiqueta cabeça de xisto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta cabeça de xisto. Mostrar todas as mensagens

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Cabeça de xisto

A mulher flutua
Nas mãos do impostor
E o homem com cabeça de xisto
Traz na algibeira meia dúzia de côdeas
Três os quatro grãos de tristeza
E uma lanterna

A mulher nua
Nas mãos do impostor
Percorre as ruas da cidade
E a cada milímetro de cansaço
O homem com cabeça de xisto
Puxa dos cigarros
E na parede da solidão cola as frases emersas em fumo
E saliva do mar

Desce a noite
E abraça-se ao corpo nu da mulher
E da lanterna
Pingos de seiva caiem sobre a mesa da cozinha
Onde brinca uma toalha de linho
E pratos de flanela suspiram orgasmos literários…

A mulher flutua
Nas mãos do impostor
E o homem com cabeça de xisto

Morre.