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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O cubo de vidro

No centro da galáxia
As tuas mãos prisioneiras no infinito
Um orgasmo curvilíneo
Dorme dentro de um cubo de vidro
E as tuas mãos acariciam-no
E às tuas mãos regressa a luz

Que à velocidade de trezentos mil quilómetros por segundo
Evapora-se do cachimbo de Einstein
Os uis e os ais do orgasmo curvilíneo
Que fogem do cubo de vidro
No centro da galáxia
Descem

Descem e escapam-se
Escapam-se por um buraco de minhoca
E acordam sobre o silêncio do mar
Onde os teus seios de malmequer
Esperam pelas tuas mãos
Prisioneiras no infinito

Estará o criador dentro do buraco de minhoca?
E se o criador não passar de uma complexa equação matemática
Que dentro do buraco de minhoca
Brinca com os uis e os ais do orgasmo curvilíneo
Que fugiram do cubo de vidro
No centro da galáxia?

No centro da galáxia
As tuas mãos prisioneiras no infinito
Um orgasmo curvilíneo
Dorme dentro de um cubo de vidro
E do buraco de minhoca
Vêm até mim as espátulas da noite recheadas de cereja e morango…

Cerro todas as luzes
E fecho todas as portas
E todas as janelas
Sento-me sobre o cubo de vido
No centro da galáxia
E conto as carícias do vento que poisam no meu peito