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quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Cidade abandonada


As Dálias, meu amor,

Vão partir para o teu sorriso,

Vão voar,

Sobre o mar,

Sem qualquer aviso.

As Dálias, meu amor,

Vão sofrer,

As nocturnas visões da paixão,

Que assombram este coração,

Nas tardes de morrer.

As Dálias, meu amor,

São palavras de escrever,

São livros embalsamados no teu olhar,

São as canções de amar,

São as ruelas de viver.

 

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

14/11/2019

domingo, 1 de dezembro de 2013

sábado eu só sempre aqui além como uma serpente

foto de: A&M ART and Photos

sábado
os caixões da insónia silenciados na parada dos sonhos
os ventos longínquos das manhãs que dormiam na tua mão
não mais dormirão
evaporaram-se como pequenas gotículas de suor depois da tempestade
solidão
palavra desconhecida que o meu corpo absorve como mandíbulas metálicas
os olhos cansam-se como se cansam as pernas de cristal dos azulejos brancos
sempre
desde que partiram as gaivotas teus abraços para destinos inventados
viagens sem limite

sábado
a solidão
eu só
sempre
os caixões da insónia
a serpente
e mente
ela
ele
as ruas numeradas que habitam a cidade dos reumáticos assentos de prata
fidelidade
feliz

infeliz
o sábado
à saudade
aplique depois de seco
mergulhar supérfluamente como Dálias em jardins de pedra
e eu minguado
e eu
eu triste
porque sábado
eu

(apenas eu
como uma cadeira onde te sentas e sinto a tua pele...)


(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo. 1 de Dezembro de 2013