Habitas
no infinito predicado da solidão.
Oiço
a voz das flores na tua mão,
O
frenesim angustiado das palavras silenciadas,
Presas
na carcere do silêncio,
Habitas
no meu corpo,
Na
minha morada,
Longínqua…
Perdida
em ti.
O
coração prateado,
Nas
estradas inabitadas do medo,
O
soldado,
Carregando
a mochila da saudade,
Desce
a Calçada,
Senta-se
no rio…
Madrugada
dentro,
O
uísque fervilhando dentro de um copo de vidro,
A
cabeça estonteante,
Nos
livros acorrentados aos teus lábios,
A
cidade morre,
As
janelas imaginadas por mim parecem cobras embriagadas,
Soltas,
Tontas,
Como
eu…
A
cair,
Sobre
mim,
O
jardim esquecido no luar de hoje,
O
meu corpo não se mexe,
Dorme,
Na
encíclica manhã do deserto,
Ao
final da tarde,
O
cansaço das vidraças,
Quando
me abraças…
E
sou feliz em ti.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
7 de Abril de 2018