Não sei o que te
diga... A minha vida é um círculo em pequenas rotações, sem esperança, um cubo
vazio, grená quando a escuridão invade o meu espaço. Não, não sei o que te
diga... Porque as minhas palavras estão nas tuas veias.
sábado, 4 de novembro de 2017
terça-feira, 31 de outubro de 2017
O silêncio do imperfeito
Perfeito.
Imperfeito.
O silêncio
mutante da escuridão,
Quando desce
da montanha uma pobre canção,
Feio,
Feito, diz
ele, antes da morte,
Perfeito.
Imperfeito.
Pobre,
Nobre,
Enquanto
caminham sobre a Lua as sombras terrestres do medo,
Um foguetão
em apuros,
Uma
traineira desgovernada,
Só, e sem
nada,
Perfeito.
Imperfeito.
Sempre
suspenso no alpendre da dor,
Sente,
Sofre,
Para quê? Se
ele percebe que vai morrer…
Sinto,
Ele,
No deserto
das serpentes,
Perfeito.
Imperfeito.
Sem jeito.
Silêncio…
Um caixão em
lágrimas,
As pálpebras
em chamas,
E, a vida
parece uma lâmpada sem alma.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó, 31 de Outubro de 2017
domingo, 29 de outubro de 2017
Coração das sete serpentes
Iluminado
sejas, coração das sete serpentes.
O
cansaço das pedras, perfumadas almas na escuridão,
Palavras
dispersas,
Nas
garras de uma canção.
Iluminado
sejas, corpo desengonçado das sete maravilhas…
O
sorriso perfeito, nas tardes estátuas,
Os
livros mortos, os textos acorrentados aos braços da madrugada,
Iluminado
sejas, obscuro cansado prato, sobre a mesa do sono,
E
das pedras abençoadas.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
29 de Outubro de 2017
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