sábado, 22 de outubro de 2016

Manhãs utópicas


Regressam os barcos das manhãs utópicas do sono

inventando marés de tristeza

nas profundezas da solidão.

Sinto-me tão pequenino nas mãos do sofrimento

como um fio de luz quando acorda o anoitecer…

mar adentro,

o meu olhar desaparece nos braços da lua,

e finjo não pertencer a esta cidade,

a esta rua.

 

 

Francisco Luís Fontinha

sábado, 22 de Outubro de 2016